Um dos maiores, se não o maior, jogador de futebol do seu país.
Salas cheirava a gol.
Junto de seu compatriota Zamorano, colocou o Chile no mapa do futebol mundial.

José Marcelo Salas Meliano, nascido na pequena Temuco, em 24 de dezembro de 1974.

Aos 15 anos, o adolescente tentou ingressar no futebol em uma peneira no gigante Colo Colo, mas os avaliadores não viram nada demais no garoto. Por isso, Marcelo tentou a sorte em outro gigante, a Universidad de Chile.
E tudo começou na La U, com apenas 17 anos, quando o jovem já era destaque do time.
Aos 20 anos de idade, o craque chileno foi artilheiro da conquista da liga nacional de 94 com 27 gols e na temporada seguinte o feito se repetiu; campeão e artilheiro.
Foi justamente nesse ano que surgiu o apelido do atacante: El Matador.

10 de abril, nacimiento y graduación de un "Matador" | TNT Sports

Marcelo Salas vestindo o uniforme da Universidad de Chile. Fonte: internet

Em 1996, os dois maiores da Argentina demonstraram interesse em Salas, que pendia em fechar com o Boca.
Contudo, o técnico Carlos Salvador Bilardo, vetou a contratação, pois nenhum jogador chileno havia vingado no Boca e nao seria Marcelo Salas que vingaria.
Dito isso, o River Plate fez uma proposta tentadora e tirou El Matador de seu país.
Logo de cara se tornou ídolo! O primeiro gol aconteceu em cima do Boca Juniors em plena Bombonera.
Além disso, foi artilheiro da libertadores de 1997 e eleito o melhor jogador da América do Sul aos 22 anos.
Enquanto jogou no Monumental de Núñez, ganhou a liga argentina duas vezes.
Mesmo ainda muito jovem, Salas era um líder em campo e demonstrava espírito vencedor, características que todos os grandes possuem. Nada mau para um chileno que não vingaria no futebol argentino.

Marcelo Salas - Que fim levou? - Terceiro Tempo

Marcelo Salas comemorando gol com a camisa do River Plate. Fonte: UOL – 3ª Tempo.

O sucesso o levou, enfim, ao futebol europeu.
E na Lazio continuou a se destacar pelos gols. Jogou ao lado de grandes feras no time italiano e fez parte de um esquadrão que deixa saudades nos torcedores biancocelestes.
Ao lado de Nedved, Stankovic e Vieri, “El Matador” foi fundamental na conquista do scudetto de 1999/2000, que por sinal foi o último campeonato nacional conquistado pelo clube italiano. Apesar dos 16 gols, ele não foi artilheiro, pois haviam outros nomes na velha bota como Shevchenko, Crespo, Batistuta e Inzaghi.
Além da Liga Nacional, Salas foi campeão da Super Copa da Itália duas vezes com o clube italiano.

Nesse mesmo período que esteve jogando na Itália, o futebol do Chile vinha de uma crise, depois que Rojas fingiu ser atingido por um rojão. O episódio tirou o país da Copa do Mundo de 90 e deixou de fora também das Eliminatórias para a Copa de 94. Neste contexto, Salas foi o protagonista do país nas eliminatórias o Mundial de 98.
O esquadrão chileno comandado por El Matador e Ivan Zamorano chegaram a França para a disputa da Copa do Mundo e mostraram o motivo do sucesso. Salas marcou 4 gols em 4 jogos. Um deles na derrota para a seleção brasileira por 4×1. Mesmo com a eliminação nas oitavas de final, era a retomada do orgulho do povo chileno com o futebol.

O chileno Marcelo Salas viveu grande momento com a camisa da Lazio - Calciopédia

Marcelo Salas jogando pela Lazio (ITA). Fonte: Calciopédia.

Em 2001 a Juve apresentou uma proposta e o atacante não titubeou.
Ele vivia uma grande fase, mas no mesmo ano teve uma lesão séria que foi o divisor de águas em sua carreira, que nunca mais seria a mesma.
Apesar dos quatro títulos conquistados com a velha senhora, sua passagem por Turim foi extremamente apagada e ele retornou ao River Plate em 2003.

Entre contusões e gols, durou pouco na Argentina e definitivamente voltou para casa em 2005.
Aposentou-se em 2008 no gramado do Estádio Nacional, honrando a camisa da Universidad de Chile, clube que o projetou. Ainda teve fôlego para mais 37 gols, em 82 jogos.

Marcelo Salas não foi “El Matador” a toa.
Suas finalizações, seja com os pés ou com a cabeça, eram certeiras e ele colecionou gols importantes na carreira. Enquanto jogou, era muito rápido, forte e habilidoso.
Marcou uma geração e colocou seu nome na eternidade do futebol.

 

Títulos

Universidad de Chile

Campeonato Chileno: 1994, 1995

River Plate

Supercopa Libertadores: 1997
Campeonato Argentino: 1996 (Apertura), 1997 (Apertura e Clausura), 2004 (Clausura)

Lazio

Supercopa Europeia: 1999
Recopa Europeia: 1999
Campeonato Italiano: 1999–00
Copa da Itália: 2000
Supercopa da Itália: 1998, 2000
Taça de Amsterdã: 1999

Juventus

Campeonato Italiano: 2001–02, 2002–03
Supercopa da Itália: 2002