ONDE TUDO COMEÇOU…
Martín Palermo nasceu em 7 de novembro de 1973 na cidade de La Plata, província de Buenos Aires, Argentina.
Quando pequeno a paixão pelo futebol era grande, mas dividia o coração do jovem Martin.
O garoto adorava basebol e vivia jogando nas ruas do bairro.
Contudo, ele estava destinado ao futebol. Logo nas categorias de base, demonstrava faro de gol e aos 19 anos já iniciava sua carreira como jogador de futebol.
Em 1991, o atacante assinou seu primeiro contrato profissional com o Estudiantes, um dos clubes mais tradicionais do país, onde permaneceu por cerca de seis temporadas consecutivas mas ainda sem a total confiança do treinador.
Apesar das poucas oportunidades, o atacante despertou o interesse do gigante Boca Juniors, que junto dele, trouxe também os irmãos Gabriel e Guilhermo Schelloto para reforçar a equipe em 1997 (mesmo ano em que Maradona se aposentou no time da periferia).
PALERMO RUMO AO MAIOR DA ARGENTINA
Enquanto se firmava como um dos melhores atacantes argentinos da época, uma curiosidade ruim marcou sua carreira: o atacante perdeu três pênaltis num jogo contra a Colômbia, pela Copa América de 1999. Com isso, tornou-se o jogador que mais desperdiçou pênaltis numa única partida. A primeira cobrança bateu no travessão, a segunda foi para fora e a terceira foi defendida pelo goleiro colombiano Caleiro.
De volta ao Boca, Palermo se fixou prontamente com uma posição na equipe titular; apesar disso, suas atuações não foram convincentes. Participou do Apertura de 1997 e fez valer a sua “potência goleadora” e contribuiu ao vice-campeonato conseguido pelo Boca. Em 1998, com a chegada de Carlos Bianchi, a direção técnica dos Xeneizes, formou uma efetiva dupla com Guillermo Barros Schelotto que contribuiu decisivamente para a conquista do Torneio Apertura. Nesse campeonato, Palermo se consagrou como goleador com 20 gols, recorde em torneios curtos.
No meio da disputa do Torneio Apertura desse mesmo ano, o Boca visitou o Colón de Santa Fe e Palermo sofreu uma ruptura de ligamentos cruzados do joelho direito. Seu gol naquela partida, que marcou a lesão, foi seu gol número 100 na Primera División.
A recuperação demorou mais de seis meses e sua volta se produziu em um importante momento por volta das quartas-de-final da Copa Libertadores da América de 2000. O rival do Boca era o River Plate e Palermo, que ainda não se havia recuperado a sua melhor forma física, marcou o último gol no 3 a 0, no jogo disputado na Bombonera.
Se bem que sua participação na Copa Libertadores que o Boca venceu em 2000 foi escassa, sua presença foi decisiva para a obtenção da Copa Intercontinental desse mesmo ano. Esse dia, Palermo marcou dois gols nos primeiros minutos da partida, que o Boca venceu do Real Madrid por 2 a 1, onde ele conquistou o prêmio de melhor jogador na final.
Após a volta do Japão, Palermo contribuiu com outro gol para a consagração do Boca como ganhador do Torneio Apertura.
A EXPERIÊNCIA NA EUROPA
Ao finalizar o ano 2000, Martín Palermo foi transferido ao clube espanhol Villarreal. No “Submarino Amarelo”, boas e más atuações e seu futebol foi questionado. Se bem que seguiu marcando com regularidade mas não brilhou tanto como no Boca Juniors, e sofreu uma grave lesão após quebrar a sua perna em um muro quando estava comemorando o gol com os torcedores, resultou em outra demorada recuperação. Finalmente, ao não estar nos planos do treinador Benito Floro, foi transferido ao Betis em agosto de 2003.
No clube do Betis, jogou muito pouco e marcou apenas um gol.
DE VOLTA PARA CASA de PALERMO
Por conta das não atuações na Europa, Palermo resolveu voltar ao Boca, decisão extremamente acertada para sua carreira e para o próprio clube.
Em meados de 2004, Palermo regressou à Argentina. Acabou sendo expulso em sua partida de volta ao clube (frente ao Lanús), onde voltou a contar com uma posição como titular e, com tempo, voltou a marcar gols.
A equipe fracassou no Apertura, porém obteve a Copa Sul-Americana do mesmo ano e também na de 2005.
Também em 2005 levou pra casa o campeonato argentino.
Ele já era líder do elenco, um dos mais experientes, junto de Riquelme.
Mas, o melhor ainda estava por vir. Em 2007 o Boca levantou mais uma libertadores, dessa vez em cima do Grêmio; um sonoro 3×0 e campeões incontestáveis.
Aos 34 anos, Martin Palermo formou uma linha ofensiva com Palácios e Riquelme. Eram mágicos e faziam qualquer defesa se preocupar. Sendo assim, colocou seu nome na história!
Contudo, a idade chegou e pesou…
Em 2008 uma partida contra o Lanús pelo Torneio Apertura 2008, Martín Palermo voltou a romper os ligamentos internos e cruzados do joelho direito, o mesmo que havia lesionado em 1999.
Operou, fez fisioterapia e voltou para marcar, mais uma vez, a história dos xeneize.
No dia 12 de abril de 2010, Palermo marcou dois tentos na vitória de 4 a 0 do Boca sobre o Arsenal e se tornou o maior artilheiro da história do Boca Juniors, deixando para trás o então recordista Roberto Cherro (1906–1965), que por sua vez, fez 218 gols entre as temporadas de 1926 e 1938. Palermo atingiu a marca de 235 gols em mais de 300 jogos pelo clube.
Palermo jogou no Boca entre 1997 e 2000, e depois de 2004 a 2011, quando encerrou sua gloriosa carreira.
Pelo clube, ganhou duas Libertadores da América, um Mundial de Clubes, duas Copas Sul-Americanas e seis Campeonatos Argentinos, entre os títulos mais importantes.
O atacante grandalhão jogou ainda 15 partidas pela seleção da Argentina, com nove gols marcados, um inclusive na Copa do Mundo de 2010, a única que disputou.