Tido por muitos como o maior clube do mundo, o mais vencedor e glorioso, o Real Madrid, pode-se dizer, tem uma história que se conecta bastante com a direita no espectro político.
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Mas é claro que, pela imensidão de torcidas e pela globalização do nome e da história do time, não pode-se tratar esse posicionamento como absoluto.
Real Madrid: o clube da realeza
De fato, o clube sempre se ligou mais às elites. Sendo o rival da cidade, o Atlético de Madrid, junto com o Rayo Vallecano, mais conectados com os trabalhadores e a parte pobre de Madrid, o Real se constitui a partir de um grupo mais abastado e que usa muito das influências junto às elites governantes.
Foi do Real Madrid a iniciativa para a criação do primeiro Campeonato Espanhol. A ocasião era, com o perdão do trocadilho, Real: uma comemoração à proclamação do Rei Afonso XIII. Carlos Padrós, um dos primeiros presidentes do Real, foi também um dos principais influenciadores na criação da FIFA. O Real nasce, portanto, como um clube bem ligado ao poder.
Ligação com a ditadura de Franco
Isso fica ainda mais claro na ascensão histórica do clube na década de 50.
O ditador Francisco Franco, que governou autoritariamente entre 1939 e 1975, era torcedor do Real. E foi na sua ditadura que o Real tornou-se o maior e mais vencedor clube do mundo. Há relatos de que a contratação de Di Stefano, grande craque da história madrilenha, foi custeada por Franco. A construção do estádio também é polêmica: o imenso Santiago Bernabéu, nomeado em homenagem ao presidente do Real na época e ex-soldado franquista, ficou pronto em apenas 3 anos em uma época em que, oficialmente, o Real passava por grave crise financeira.
Além disso, existem suspeitas de intervenções em arbitragens e subornos.