Na verdade, para ser justo, é uma característica muito mais de sua torcida do que do clube em si. Mas é uma imagem que acabou colando no azul da equipe.
Origens do Zenit
O Zenit tem, na verdade, uma origem stalinista. Surgiu em uma indústria siderúrgica da cidade que então se chamava Leningrado, durante a ditadura de Stalin na antiga União Soviética. O nome da usina, inclusive, era Joseph Stalin, e o primeiro nome da equipe foi Stalinets. Na segunda Guerra, muitos jogadores foram convocados e lutaram contra o exército de Hitler.
Novos casos
O técnico holandês Dick Advocaat, na época, chegou inclusive a dizer em entrevista que não pedia a contratação de jogadores negros, pois sabia que não seriam aceitos.
A UEFA ameaçou sanções e até mesmo expulsar o time de competições europeias, e com isso as manifestações diminuíram.
Na chegada do brasileiro Hulk ao time, alguns dos jogadores mais ligados ao Zenit não o aceitaram bem. Justificaram ser por conta do salário que ele ganhava, mas há quem diga que havia também um cunho racista. Outros casos aconteceram: Roberto Carlos, lateral brasileiro, quando jogava no Anzhi, também russo, sofreu insultos. O colombiano Wilmar Barrios, que chegou ao Zenit vindo do Boca Juniors, sofreu também com manifestações da torcida. E o último foi o brasileiro Malcom, ex-Corinthians: em seu primeiro jogo no Zenit, a torcida estendeu uma faixa com os dizeres “Obrigado, diretoria, pela manutenção da tradição russa”, claramente irônica em relação à presença do brasileiro.
Ainda há ocasiões, inclusive, em que se pode ver torcedores nas arquibancadas com máscaras que remetem à Ku Klux Klan.