Conhecido como “primo pobre” de Madrid, longe dos holofotes e títulos de Real e Atlético, o Rayo Vallecano é o protagonista da seção de hoje.
Extremamente progressista e envolvido por um espírito de causas sociais, o Rayo é um dos clubes mais ligados à esquerda no espectro político.
Extremamente progressista e envolvido por um espírito de causas sociais, o Rayo é um dos clubes mais ligados à esquerda no espectro político.
Origens do Rayo Vallecano
Tendo como sede o bairro de Vallecas, região que teve grande participação na luta contra a ditadura espanhola, o Rayo se define como um clube operário, ponto de encontro e de luta dos trabalhadores. Como dito, a ligação com causas progressistas é muito clara. Foi o primeiro clube espanhol a ter uma presidenta, mulher, Teresa Rivero, em 1994.
Já lançou uma linha de uniformes em homenagem ao movimento gay, é um grande apoiador do futebol feminino na Espanha e tem muita participação em projetos sociais, tanto no bairro de Vallecas como em outros locais da Espanha.
Uma torcida antifascista
Sua torcida abomina qualquer manifestação racista, homofóbica ou fascista, e alguns de seus cantos são famosos, como “Ame o Rayo, odeie o racismo”, e o “Rayo, pequeno no esporte, mas grande nos valores”.
Essa posição da torcida fica clara também no seu símbolo principal, “Los Bukaneros”, ultras do clube. Eles são parte do movimento antifascista no futebol e se declaram irmãos da torcida do St Pauli, clube alemão que também se posiciona desta forma, e que tratamos na estreia desta seção.
Foi por conta dos Bukaneros, por exemplo, que o atacante Zozulya teve sua contratação pelo clube cancelada, por causa da ligação com movimento de extrema-direita na Ucrânia. Contamos mais sobre na seção “Histórias Pouco Contadas”.
Esse, então, é o Rayo: antifascismo, pluralismo, progressismo em um clube pequeno, mas gigante nos valores.