A inédita final
Parece mais um daqueles História Pouco Contadas, mas não é!
Após uma partida complicada no dia 25 de junho, em Quito, o Fluminense voltou para casa sabendo que precisaria de pelo menos dois gols de diferença na partida de volta que se realizaria no Maracanã. Os 4 a 2 de ida a favor da equipe equatoriana e a ausência da regra do gol fora de casa na final aumentavam ainda mais as chances de um segundo jogo imprevisível e indefinido.
Uma semana depois, o confronto seria definido. Com quase 80 mil espectadores no Mário Filho, o tricolor se viu fragilizado numa jogada individual de Guerrón na linha de fundo, seguido da finalização e gol de Bolanõs, aos 5 minutos, o mesmo eleito posteriormente como melhor jogador daquela Libertadores.
Um hat-trick de esperança para o Fluminense
Naquela altura, não era mais possível buscar o melhor momento para reagir, a melhor decisão seria encontrar o primeiro gol dos três necessários para levar a partida para uma prorrogação. A partir dos 11 minutos do primeiro tempo, Thiago Neves entraria para a história da competição como o primeiro jogador a marcar três gols em uma final de Libertadores.
Com um lindo corte e chute cruzado de fora da área, o tricolor estreou o placar naquela noite. Já aos 27 minutos, diante de um lateral para o Fluminense e falha de marcação da equipe equatoriana, Cícero recebeu livre a bola e encontrou Thiago dentro da área. 2 a 1 para o tricolor e muita esperança para a segunda etapa.
No minuto 12 após o reinício da partida, em cobrança perfeita de falta, Thiago Neves colocou o clube carioca novamente no jogo. 3 a 1.
E assim permaneceu durante todo o tempo regulamentar e nos 30 minutos adicionais. O campeão seria definido nos pênaltis.
Para o clube tricolor, o pior epílogo que se poderia imaginar. Muita catimba e três defesas do goleiro Cevallos. Conca, Thiago Neves e Washington ‘coração valente’ testariam o amor do torcedor tricolor que se sagrou vice-campeão da Libertadores.