Elza e garrincha – Talvez a maioria dos fãs de futebol saiba da relação que existiu entre Mané Garrincha e a cantora Elza Soares. Mas há partes pouco contadas desse casamento.

Primeiro, ele durou 16 anos! Tudo começou em 1962, na concentração para aquela Copa do Mundo em que Garrincha seria o herói do título brasileiro. Elza Soares foi fazer um show para os jogadores e lá se conheceram.

Mas tinha um detalhe: Mané era casado. E depois da Copa, quando assumiram a relação, Elza foi massacrada pela opinião pública, chegando até a ter a casa apedrejada. Em 1966, casaram-se. Elza, inclusive, pagou a cirurgia no joelho de Mané e todo o tratamento que o permitiu jogar por mais alguns anos.

Durante a Ditadura Militar, Elza foi considerada pelo regime uma subversiva de esquerda. Por causa disso, o casal teve a casa metralhada e resolveram fugir para a Itália, exilados. Mané Garrincha, que já tinha problemas com o álcool, fora de seu país caiu ainda mais na doença. Chegou a agredir Elza fisicamente. Ela lutou por ele ainda assim.

Tiveram um filho, passaram por um acidente, muitas alegrias, segundo ela, mas também as tristezas quando o já ex-jogador abusava do álcool. Ela não aguentou mais as tristezas e se separou, em 1982.

Em 83, Garrincha se foi, vítima de cirrose. Elza ainda viu o filho dos dois partir também muito jovem, aos 9 anos, em um acidente de carro.

Ela aprendeu a perdoar. A pessoa, não a violência. Gravou várias músicas sobre o tema e até hoje, aos 89 anos, ainda grava álbuns e faz shows, influenciando toda uma nova geração do feminismo no Brasil.

E ainda lembra com carinho de Mané, da pessoa que ele era sem o álcool: “Eu sonho muito com o Mané. O maior amor da minha vida foi ele”.