Nossa ‘História Pouco Contada” de hoje é bem peculiar. Já imaginaram uma televisão instalada em uma churrascaria mudar a carreira e o futuro de um jogador? Pois foi o que aconteceu com o Douglas Costa. Vem comigo que eu te conto.
Reunião em churrascaria
Estamos em outubro de 2009. Alguns representantes do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, estavam no Rio de Janeiro para fechar a contratação do atacante Alex Teixeira com o Vasco. Entre eles, estava o empresário Franck Henouda, que tinha feito todo o trabalho de observação.
Com o negócio fechado, o grupo de dirigentes e o empresário foram jantar em uma churrascaria. Entre saladas, carnes e bebidas, Henouda percebe que os dirigentes começam a dar um tapinha no ombro do outro, chamando a atenção para a televisão instalada perto deles. Era um jogo do Mundial Sub-20, o Brasil enfrentava a Austrália. Alex Teixeira estava em campo, e por isso os olhos dos dirigentes não saíram mais da tela.
Com os pratos já frios, totalmente distraídos pela peleja, os ucranianos se impressionaram com outro jogador, além daquele que tinham comprado. Era o ponta Douglas Costa, que pertencia ao Grêmio e tinha, então, 19 anos. O cara realmente acabou com aquele jogo: fez gol, deu assistência e dominou a defesa adversária, junto com a também promessa Paulo Henrique Ganso.
Queremos esse também
Os dirigentes então pediram ao empresário para fazer as consultas por Douglas. Sim, ali mesmo, na hora. Henouda pegou o celular e descobriu que no dia seguinte um representante da Inter de Milão pousaria em Porto Alegre para fazer uma proposta ao Grêmio por Douglas. A intenção era levar o garoto para o time sub-23 do clube italiano e fazê-lo crescer e evoluir.
Mas a equipe do Shakhtar foi mais rápida: desenharam uma proposta ali, de improviso, consultaram seu presidente e correram para arrumar um modo de chegar a Porto Alegre antes da Internazionale. E deu certo. No outro dia de manhã foram recebidos pelo diretor de futebol gremista e tiveram a proposta aceita. Alguns dias depois, o presidente do clube gaúcho Duda Kroeff oficializou tudo. Douglas Costa era do Shakhtar, por 6 milhões de euros.
Douglas Coista atuando pelo Shaktar
Reprodução: Internet
Douglas foi para a Ucrânia em janeiro, não para o sub-23, mas para brilhar já no time principal. Foi um dos destaques do bom time recheado de brasileiros. Ficou 5 anos em Donetsk, e foi campeão 5 vezes do campeonato do país. Acabou chamando a atenção do gigante Bayern de Munique, um dos maiores times do mundo, para onde foi em 2015. Hoje pertence à Juventus, outro gigante europeu, onde já participou da conquista de três Calcios.
Uma história e uma carreira de sucesso, que começou com uma TV na churrascaria.
