Manel, o “pai” de Guardiola
Pep Guardiola é um consagrado técnico e já está entre os maiores na história do futebol. Falar isso é “chover no molhado”.
Mas você já ouviu falar em Manel Estiarte? Arrisco em dizer que sem ele Guardiola não seria tão campeão.
Manel foi um ex-jogador de polo aquático, nascido na Catalunha e considerado o Maradona da modalidade. Foi o melhor do mundo sete anos consecutivos, entre 1986 e 1992.
Medalha de prata nas Olimpíadas de 92 (Barcelona) e ouro em 96 (Atlanta). Além do Mundial conquistado em 98. Mais que isso, foi capitão da seleção durante 23 anos.
Ele e Pep se conheceram em 92, nas Olimpíadas.
Trabalhando juntos
Quando o treinador assumiu o Barcelona em 2008, Estiarte era diretor de relações no Barcelona e foi convidado a fazer parte do time de auxiliares. Ele, prontamente, aceitou!
Manel nunca jogou futebol, mas virou um monstro de vestiário. Ele não discute táticas com seu conterrâneo, mas tem leitura corporal e sabe quando os jogadores estão felizes ou tristes. Pep raramente entra no vestiário no dia a dia. Ali quem “manda” é Manel. Guardiola diz que ele possui intuição apurada e gere o grupo como ninguém. Em sua biografia o treinador o define como anjo da guarda, absorvendo ruídos dentro do clube, a famosa conversa de corredor.
Nada – absolutamente nada – chegou ao vestiário do Barça, Bayern e City sem a autorização do “Maradona das águas”.
Por ele passam desde pedidos de entrevista até ações de marketing de patrocinadores do Manchester com os jogadores. Se Estiarte considera que não é o momento para marketing, os milhões de libras investidos pelos parceiros do clube não valem nada.
Uma vez questionado sobre como preparar bons jogadores, Manel não teve dúvidas e contou sobre La Masia e sua experiência por lá (Barcelona é seu time desde criança):
“O coração dos jogadores formados na
base está no clube, e isso faz toda a diferença: temos muitos desses atletas.
Defendam La Masia. Amem La Masia.”