INFÂNCIA E CATEGORIA DE BASE
Nascido em junho de 1979, na cidade de Bernal – Argentina, Diego Milito cresceu em uma casa fanática por futebol.
Na família há outro jogador profissional: o irmão dele, Gabriel Milito.
O curioso dessa história é que Diego fez a categoria de base e subiu para o profissional no Racing. Já Gabriel foi para o rival Independiente.
Mas, de volta a jornada de Diego, ele se juntou ao elenco principal de avellaneda em 1999 aos 21 anos.
O atacante não demonstrava nenhum primor técnico ou habilidade acima da média, contudo ele sabia se posicionar dentro da área e encontrava fácil o caminho do gol.
Pelo Racing Diego jogou durante três anos e meio, durante esse período o time não jogou a libertadores, mas venceu o campeonato argentino de 2001. Ganhando destaque no cenário nacional, Milito seguia balançando as redes e começou a ser cogitado na estrelada seleção albiceleste.
RUMO A EUROPA
Aos 24 anos, em 2003, e com uma maturidade aquém de sua idade, o jovem atacante deixou seu país natal e rumou para a Europa. O destino foi o Genoa da Itália.
Na velha bota, Diego chegou para jogar a série B do italiano e com a missão de ajudar o clube a voltar a elite do nacional, feito que aconteceu apenas uma temporada após sua chegada.
Em 2004-05 o Genoa conseguiu o título e o acesso para a elite.
Acontece que nesse ano a Itália viveu um episódio de diversos escândalos de esquemas de jogos, nas séries A, B e C.
Por isso, o título da segunda divisão do clube foi caçado e, para piorar mais ainda a situação, o Genoa foi rebaixado para a terceira divisão.
Por conta do ocorrido, o clube perdeu seu pouco poderio financeiro e precisou emprestar vários jogadores, pois não conseguia arcar com os salários. Um deles foi Milito, emprestado ao Real Zaragoza da Espanha.
EXPERIÊNCIA NA ESPANHA
Sua passagem pelas terras castelhanas foi de altos e baixos, não individualmente, o time oscilou bastante.
Na primeira temporada defendendo as cores dos blanquillos ele ajudou o clube a chegar na final da Copa do Rei, deixando para trás os poderosos Barcelona e Real Madrid. Contudo, na finalíssima eles foram atropelados pelo Espanyol e viram a taça de longe.
Apesar disso, Milito era a referência no ataque e destaque do elenco. Tanto que na temporada seguinte ele foi vice-artilheiro do campeonato nacional, atrás apenas de Van Nistelrooy.
Mesmo tendo boas atuações individuais, o time não acompanhava o desempenho do argentino. Na temporada 2007-08 outro desastre profissional: o Zaragoza foi rebaixado.
Sendo assim, o Genoa decidiu repatriar o velho conhecido, já com 29 anos e bagagem nas costas.
Vestindo novamente a camisa rossoblu, Milito desandou a fazer gols na temporada 2008-09 e o Genoa lutou até o final da Série A por uma vaga na Champions League do próximo ano. Eles acabaram o campeonato em 5° e o argentino foi vice-artilheiro da competição, a frente dele só o sueco Ibrahimovic, que atuava pela Inter.
AUGE DA CARREIRA
E, por falar na Internazionale, os nerazzurri contrataram o atacante no auge de seus 30 anos.
Mal sabia Milito o que estaria por vir. Apesar de ter uma carreira consolidada, mesmo com um único título e no começo de sua história no profissional, o atacante topou o desafio de se juntar ao timaço que o clube italiano havia montado.
Fazendo uma dupla de ataque mortal com o camaronês Samuel Eto’o, Diego chegou conquistando a Copa Itália e o Scudetto. Mas, a tríplice coroa veio com um título inédito, suado e com um sabor mais que especial para o matador argentino.
Naquele ano a Inter veio arrasadora. Depois de passar da fase de grupos da Champions League junto do Barcelona e deixar para trás time catalão (um dos melhores da história) na semifinal, a final era contra outro gigante: o Bayern de Munique.
A Inter, que tinha um sistema defensivo quase intransponível, fez 2×0 no clube bávaro e os dois tentos foram dele, Diego Milito, que terminou o ano eleito o melhor jogador da competição.
Um começo arrasador que elevou as expectativas para os próximos anos, algo que não aconteceu.
O elenco não tinha mais a mesma pegada, até ganharam o mundial e o bicampeonato da Copa Itália, mas grandes jogadores começaram a deixar o clube.
Em paralelo, o corpo de Milito já demonstrava sinais de cansaço e algumas lesões o tiraram de combate por diversas vezes.
APOSENTADORIA
Aos 35 anos e ídolo do clube de Milão, o argentino decidiu voltar para casa, para o time que abriu as portas no futebol, o Racing.
Aos 35 anos e já tendo avisado que seria seus últimos anos como profissional, o atacante ainda conseguiu levantar mais um título com a equipe de Avellaneda, mais um nacional e tendo ele como capitão do elenco!
Em sua despedida dos gramados, ele não conteve as lágrimas ao dar uma entrevista ainda dentro de campo e se declarou ao Racing.
Racing Club
Campeonato Argentino: 2001 e 2014
Internazionale
Mundial de Clubes da FIFA: 2010
Liga dos Campeões da UEFA: 2009–10
Serie A: 2009–10
Copa da Itália: 2009–10 e 2010–11
Supercopa da Itália: 2010