ONDE TUDO COMEÇOU A CARREIRA
Nascido em julho de 1975, na cidade de Florida, a 15 quilômetros de Buenos Aires. Crespo era torcedor do San Lorenzo na infância, mas iniciou sua carreira no River Plate e, por isso, sofreu muito quando teve que encarar a equipe do coração.
Aos 18 anos, estreou no profissional do River Plate. Nessa época, o jovem já mostrava ótimo faro de gol ajudando no bicampeonato argentino (1993 e 1994). Em 1996, ele foi uma peça importante na conquista da Libertadores pelo River, formando a dupla de ataque com Francescoli.
Hernán foi o artilheiro da equipe na disputa continental, com dez gols.
Decisivo em mata-mata, eliminou o clube do coração, nas quartas, anotando dois gols. Na decisão, contra o América de Cali, fez dois gols no jogo da volta, depois de perder por 1 a 0 fora de casa , dando a taça ao El Millonario.
A precocidade também foi vista na caminhada pela seleção. Em 1995 foi convocado pela primeira vez e já em 1996, foi artilheiro e ganhou a prata na Olímpiada de Atlanta.
Com tanto destaque, acabou se transferindo para um clube da Itália, o maior campeonato do mundo na época.
Crespo comemorando um gol com a camisa do River Plate; Ao fundo Francescoli. Fonte: internet.
PRÓXIMA PARADA: PARMA
No mesmo ano que conquistou a América, em 1996, se transferiu para o Parma. Três anos depois de sua chegada, conquistou o primeiro título com o time italiano. Aliás um não, dois (Copa Itália e a Copa UEFA).
Sua passagem pelo Parma foi estrondosa: maior goleador da história da equipe na Série A, com 72 gols. Se somar outras ligas, esse número salta de 72 para 92 gols em menos de 200 jogos.
Depois de ganhar títulos, o Parma sofreu com a queda de investimento. Por isso, ao final da temporada 2000/01, teve de vender seu artilheiro para a Lazio (51,5 milhões de euros). O negócio envolveu 16 milhões mais os jogadores Sergio Conceição e Matías Almeyda.
Crespo com a camisa do Parma dominando a bola. Fonte: internet.
UMA NOVA FASE EM MILÃO
Na capital italiana, o centroavante fez parte de outro time histórico e ficou ainda maior no cenário futebolístico mundial.
Com um time de estrelas, os laziali só venceram a Supercoppa italiana e não conseguiram repetir o sucesso da temporada anterior, quando conseguiram a Serie A e Coppa Italia.
Porém Crespo teve momentos individuais importantes, no Campeonato Italiano foi artilheiro com 26 gols, mas a Lazio ficou “apenas” no terceiro lugar.
Na Liga dos Campeões, grande foco da equipe em 2000-01, a eliminação frustrante na segunda fase de grupos da disputa deixou o clima ruim. Com isso, Crespo despedia-se da Lazio e rumava para outros ares.
Crespo abraçando Ibrahimovic pela Internazionale de Milão. Fonte: internet.
Por 26 milhões de euros, Crespo ia para Milão, na Internazionale, que sem Ronaldo precisava de outro anotador de gols.
O argentino viveu uma fase complicada. Seguia com potencial enorme, mas as lesões impediam que o nível de futebol se mantivesse em campo.
Os números dele pela Inter provam isso:(2002-03)
- jogou apenas 30 vezes e marcou 16 gols.
- Na Liga dos Campeões teve grande destaque e, com nove gols, ajudou a Inter a chegar nas semifinais, derrotado pelo Milan.
TERRA DA RAINHA
Uma lesão o deixou longe dos gramados por quatro meses e, sem ser muito aproveitado, deixou o time de Milão em 2003 e partiu rumo à Terra da Rainha. Seu destino? O Chelsea.
Havia um problema, Crespo foi à Londres sem sua esposa e filha, que escolheram ficar em Milão. Resultado, o Valdanito ficava dividido entre futebol e família, que estava longe.
Por isso, em 2004, retornou à Itália, emprestado ao Milan, onde participou de um dos jogos mais históricos contra o Liverpool, no fatidico 3a 3, depois do Milan ter uma vantagem de 3 a 0. na com dois gols de Crespo. Nos pênaltis, deu Reds!
Crespo ao lado da taça da Liga dos Campeões após perder a decisão para o Liverpool. Fonte: internet.
Sem títulos, mas, com aparições decisivas, Mourinho pediu e o argentino voltou à Londres mais motivado e com a consciência de que poderia fazer melhor.
Apesar do ambiente favorável, Crespo conseguiu apenas 13 gols na temporada e novamente ficou devendo. Porém, a volta ao Chelsea rendeu outros dois títulos para sua carreira:
- Supercopa da Inglaterra
- Premier League, a primeira liga nacional conquistada no Velho Mundo.
Crespo segurando o troféu da Premier League com a camisa do Chelsea. Fonte: internet.
Ainda com contrato com o Chelsea, Crespo voltou à Inter, entre 2006-09, agora para ganhar quase tudo com o clube – Foram cinco títulos.
No primeiro ano, com 14 gols, foi fundamental no título da Serie A 2006-07. Mas aos poucos, foi perdendo relevância nos nerazzurri, que, tinham Ibrahimovic como homem de área.
FIM DE CARREIRA
Por todos os times que passou, Crespo deixou sua marca; fora artilheiro em diversas temporadas, além de conquistar títulos, como Liga dos Campeões, Liga Inglesa, Italiana, entre outros.
Foi na Itália que o atacante marcou seu gol 300, na Internazionale. Com todas essas trocas de equipes, empréstimos, transferência, o argentino movimentou, e muito, o mercado com suas transações mais caras da época; 121 milhões de Euros até 2008.
Vendo sua carreira chegar ao fim, Crespo ainda jogou no Genoa em 2009, em 2010 retornou ao Parma e em 2012 foi se aventurar na Índia, encerrando assim sua carreira vitoriosa e artilheira.
Após abandonar os gramados, Crespo foi para fora das quatro linhas.
Aceitou o convite para treinar a equipe júnior do Parma e em 2015 se tornou treinador do Modena, da Itália, onde ficou até 2016. Depois disso comandou o Banfield , Defensa y Justicia, o qual conquistou a Copa Sul-Americana de 2020.
Hoje é treinador do São Paulo FC.
Vamos ver os próximos passos de Hernán Crespo!
