Olá, leitores do BP!

A Eurocopa 2020 (jogada em 2021) acabou e, como grandes fãs de futebol, nós aqui do Bola Parada acompanhamos atentamente cada jogo.

Foi uma grande competição, cheia dos caras que a gente gosta de ver nas ligas europeias, além das surpresas, curiosidades e novos craques que sempre aparecem.

Além disso, teve um gostinho especial: a presença da torcida, que foi de emocionar qualquer um e mostrou que realmente a humanidade pode estar vencendo o desafio da pandemia.

Pensando nisso, resolvemos montar a nossa seleção dos melhores da Eurocopa. Nossa equipe joga no 4-3-3. Concordou? Discordou? Achou absurdo? Fala pra gente nos comentários. Vem com a gente.

Goleiro: Ginaluigi Donnarumma (Itália)

Donnarumma defende o pênalti de Saka e dá o título à Itália
Fonte: UOL

Aqui não há como não escolher Donnarumma. Foi uma Eurocopa cheia de bons goleiros: Schmeichel da Dinamarca fez uma Euro incrível, Sommer da Suíça foi gigante, o espanhol Unai Simón se recuperou bravamente do maior frango da competição…

Mas Donnarumma foi além. Quando precisou sempre esteve ali. E nos pênaltis, na hora que o goleiro precisa brilhar, ele brilhou, tanto na disputa contra a Espanha na semi quanto na final contra a Inglaterra.

Não à toa, foi escolhido o melhor jogador da Eurocopa.

Uma curiosidade: Sucessor do grande Buffon, o cara tem só 22 anos. A Itália terá essa segurança no seu gol durante bons anos ainda.

Menções honrosas

Peter Schmeichel (Dinamarca) – além de excelente dentro do campo e embaixo do gol, também foi herói no atendimento a Eriksen.

Sommer (Suíça) – talvez o goleiro com mais defesas difíceis feitas na Euro. Além disso, foi herói nos pênaltis que eliminaram a favorita França.

Lateral direito: Kyle Walker (Inglaterra)

Kyle Walker
Fonte: GE

Temos aqui o representante da ótima defesa inglesa, que tomou apenas 2 gols em toda a Euro. O cara jogou de zagueiro, de lateral e até de ala. Sempre muito seguro defensivamente, com uma velocidade e uma capacidade de recuperação incríveis.

É o maior responsável pela segurança da defesa inglesa.

Menção honrosa

Coufal (Tchéquia) – ótimo na defesa e no apoio, mostrou porque foi um dos destaques na Premier League pelo West Ham.

Zagueiro: Simon Kjaer (Dinamarca)

Kjaer consola a namorada de Eriksen, após o mal súbito do companheiro
Fonte: Ojogo

Dentro de campo o cara jogou muito. Foi o líder e capitão desse guerreiro time da Dinamarca que se recuperou do susto sofrido com o mal súbito de seu principal jogador logo na estreia e renasceu para chegar a uma semifinal de Euro.

E vamos lembrar que só caíram na prorrogação para um pênalti para lá de duvidoso, para dizer o mínimo.

Mas Kjaer não foi só isso. Sua maior atuação foi no atendimento a seu companheiro Eriksen, quando este desmaiou em campo. Em uma atitude própria de um líder e de um capitão, Kjaer atendeu o companheiro, fez os primeiros socorros (que, segundo médicos, pode ter salvado o amigo) e ainda foi consolar a namorada do companheiro, que estava desesperada na arquibancada.

Mais que um jogador, um herói da Euro.

Menção honrosa

Bonucci (Itália) – poderia estar na equipe titular. Grande figura. Veterano, líder, ótimo nos desarmes e no posicionamento. Além disso, bateu pênalti duas vezes e converteu. E fez o gol de empate na final. Grande destaque.

Zagueiro: Giorgio Chiellini (Itália)

Chiellini
Fonte: UOL

Chiellini foi uma das grandes figuras da Euro. Já veterano, junto com o parceiro Bonucci os únicos representantes da Itália vice-campeã de 2012, Chiellini exalou simpatia, sorrisos e amor pelo futebol.

Dentro de campo, foi o capitão da squadra campeã. Dificilmente perdeu uma disputa de bola, seja no alto ou por baixo. Desarmou muito, liderou os companheiros e acabou sendo o responsável por levantar a taça. Baita Euro do capitão!

Menção honrosa

Maguire (Inglaterra) – forte, físico e bom no jogo aéreo. Maguire foi um dos líderes dessa defesa que tomou apenas 2 gols na Euro.

Lateral esquerdo: Spinazzola (Itália)

Spinazzola nas quartas de final contra a Bélgica
Fonte: Lance

Ok, eu sei, o cara não jogou a semifinal e nem a final. Mas o que Spinazzola fez nos 5 primeiros jogos da Itália o faz merecer estar aqui.

O cara foi a válvula de escape da Itália pela esquerda, muitas vezes espetando na ponta como ala para que o companheiro Insigne pudesse centralizar e definir jogadas.

Fez bons cruzamentos, atuou bem defensivamente e sempre foi uma opção de jogo. Uma pena a lesão no tendão que tirou ele da Euro no jogo contra a Bélgica, nas quartas de final.

Não à toa, quando ele saiu a Itália teve mais dificuldades para conseguir as vitórias.

Menção honrosa

Luke Shaw (Inglaterra) – parece acima do peso, mas é só impressão. Shaw mostrou muita força, tanto no ataque como na defesa. E fez um golaço na final.

Volante: Jorginho (Itália)

Jorginho
Fonte: UOL

A segunda-feira amanheceu com alguns jornais falando em Jorginho na disputa de melhor jogador do mundo em 2021. E olha, não é exagero não. Não é todo ano que acontece de um jogador vencer a Champions League com seu clube e a Eurocopa com a sua seleção no mesmo ano, ambas como titular absoluto.

Jorginho correu demais, deu o ritmo do meio campo italiano e ajudou a fazer o talento de seus parceiros Verratti e Barella aparecer na criação das jogadas.

Com muita força física, segurança nos passes e ativo defensivamente, Jorginho foi um dos grandes destaques da seleção campeã.

Menções honrosas

Barella (Itália) – ótimo jogador. Jovem, bom passe, boa marcação, chegada no ataque…caiu um pouco no fim, mas é um grande destaque.

Verratti (Itália) – Temos que citar Verratti para completar o trio de meio-campo da Itália, que foi o grande motor dessa equipe campeã.

Volante: Kalvin Phillips (Inglaterra)

Kalvin Phillips
Fonte: GE

Pode-se dizer que sua titularidade foi uma surpresa, já que o English Team contava com a grande revelação Bellingham e com o experiente Jordan Henderson como opções em sua posição.

Mas Kalvin Phillips justificou, e muito bem, sua titularidade. O cara estava em todos os lugares do campo, marcando, desarmando e fazendo a cobertura dos companheiros. Além disso, demonstrou muita qualidade nos passes e na distribuição de jogo.

Mostrou que não é titular absoluto do Leeds de Marcelo Bielsa por acaso. Tem muita qualidade e dinâmica.

Menções honrosas

Delaney (Dinamarca) – ótimo na marcação e líder dentro de campo

Pogba (França) – Ok, os franceses caíram nas oitavas e eram favoritos. Mas Pogba jogou demais, desfilou em campo nessa Euro. Passes incríveis, ótimos lançamentos e força física.

Meia: Pedri (Espanha)

Pedri
Fonte: BeSoccer

18 anos de idade. Mas o cara parecia um veterano. Pedri mostrou uma dinâmica incrível e foi o grande responsável por fazer o meio-campo da Espanha jogar, já que Busquets e Koke não estavam tão bem.

A qualidade de movimentação e no passe surpreenderam. Na semifinal contra a Itália, uma estatística impressionou: o rapaz não errou nenhum passe nos 90 minutos. E não é só passe pro lado não. Foi ele o responsável pelos passes verticais que quebravam as linhas adversárias e criavam espaço para os atacantes da Espanha.

Com certeza o melhor jogador dessa equipe que por pouco não chegou à final. Não por acaso, foi comparado com o grande Andrés Iniesta pela imprensa e pelo técnico Luis Enrique.

Menção honrosa

Forsberg (Suécia) – jogou demais! Liderou o time sueco até as oitavas e marcou incríveis 4 gols.

Ponta-esquerda: Sterling (Inglaterra)

Sterling
Fonte: EuroSport

Acreditem ou não, a escalação de Sterling foi criticada pela imprensa no início da Euro. Nomes como Rashford, Sancho, Saka e Foden pareciam mais prontos para se destacar, mas foi Raheem Sterling que assumiu a posição no ataque e se destacou.

Na primeira fase, todos os gols da Inglaterra foram feitos por ele. E nas oitavas contra a Alemanha, ele fez seu grande jogo nessa Euro. Atormentou os alemães o jogo todo e fez o gol que abriu o placar e mandou os arquirrivais dos ingleses embora para casa.

Fez também bons jogos contra Ucrânia e na semifinal contra a Dinamarca. Foi ele quem fez a jogada que resultou no pênalti (muito duvidoso) que deu a vitória à Inglaterra na prorrogação. Um grande destaque dessa Euro.

Menção honrosa

Insigne (Itália) – perdeu um pouco do brilho na semifinal e na final, mas o que Insigne jogou na primeira fase e especialmente nas quartas contra a Bélgica foi uma grandeza.

Ponta-direita: Chiesa (Itália)

Chiesa começou no banco, mas entrou e se destacou
Fonte: 90min

Ok, o cara começou no banco. Mas depois que entrou, o ataque da Itália melhorou muito.

Combinando muita raça, força física e uma ótima finalização, Chiesa conseguiu se destacar, mesmo assumindo a titularidade a partir das quartas de final. Nas oitavas, entrou e fez o gol decisivo na prorrogação contra a Áustria.

Jogou muito bem também contra Bélgica e Espanha, fazendo o belo gol que pôs a Itália na frente. Fez uma ótima final também, sendo o responsável pela criação das maiores chances de gol dos campeões.

Seu companheiro Insigne poderia estar aqui, mas no fim nossa escolha foi Chiesa.

Menção honrosa

Damsgaard (Dinamarca) – ótimo jogador: velocidade, dinâmica, belos passes. Ótimo destaque da Euro.

Atacante: Patrik Schick (Tchéquia)

Patrik Schick
Fonte: EuroSport

Era uma Eurocopa cheia de grandes centroavantes: Lukaku, Harry Kane, Cristiano Ronaldo, Benzema…mas o atacante do Bayer Leverkusen foi o artilheiro da competição (junto com CR7), mesmo saindo já nas quartas de final.

Além da artilharia, foi também o responsável pelo gol mais bonito da Euro. No jogo contra a Escócia, na primeira fase, Schick viu o goleiro adiantado e, quase do meio-campo, meteu por cobertura e fez um golaço.

Um ótimo atacante, trombador mas ao mesmo tempo matador, o grande responsável por levar a Tchéquia até as quartas de final.

Menções honrosas

Lukaku (Bélgica) – o cara é um tanque de guerra, 4 gols, ótima Euro.

Harry Kane (Inglaterra) – demorou para engrenar, mas depois mostrou porque é um dos grandes atacantes do mundo hoje.

Técnico: Kasper Hjulmand (Dinamarca)

Hjulmand, treinador da Dinamarca
Fonte: UOL

É claro que Roberto Mancini é o grande destaque no âmbito dos treinadores. Fez a Itália jogar de novo um grande futebol, levou o título…mas não há como não dar esse “trofeú” para Hjulmand.

O que esse cara fez para recuperar o vestiário dinamarquês e motivar seus jogadores a continuarem disputando a competição após o que aconteceu com Eriksen é de uma grandeza maravilhosa.

Depois do baque de quase perder seu melhor jogador, Hjulmand e sua equipe jogaram com uma organização tática e uma dinâmica incríveis, e heroicamente chegaram às semifinais. Absolutamente incrível.

Menções honrosas

Roberto Mancini (Itália) – o grande campeão e responsável por fazer a Itália novamente jogar um grande futebol.

Vladimir Petkovic (Suíça) – tirou os franceses, grandes favoritos, e mostrou um futebol muito organizado e guerreiro.

 

Imagem da Euro

E vamos finalizar essa análise com a grande imagem da Eurocopa 2021.

Não aconteceu dentro de campo, nem nas entrevistas coletivas, nem nos vestiários…mas sim no hospital. Eriksen publicou essa foto ainda no dia em que teve o mal súbito e foi retirado de campo desmaiado. Tranquilizou todos os jogadores e todos os fãs de futebol no mundo.

Força, Eriksen!