Hoje temos como protagonista da seção o preto e amarelo do AEK Atenas, da Grécia.
Lembram que já falamos aqui na seção do Livorno e do Olympique de Marselha? Pois é, a torcida do AEK Atenas forma, junto com as torcidas desses dois, o chamado “Triângulo da Fraternidade”, uma associação que tem como objetivo combater o racismo e o fascismo nos estádios europeus. É um clube ligado a ideias que vão mais à esquerda no espectro político, ideias politicamente liberais e progressistas.
Origens do AEK
O Athlitiki Enosis Konstantinoupoleos (AEK) foi fundado em 1924, nos subúrbios de Atenas, mas tem uma origem bem mais antiga: o centro urbano do Império Otomano no século XV, Constantinopla, atual Istambul (Turquia).
Lá havia uma grande população grega, que sempre manteve sua cultura esportiva e seus costumes, tendo tradicionais clubes de atletismo naquela parte da Europa. E essa cultura se manteve pelos séculos, até chegarmos ao século XX.
Torcida e posicionamento
A torcida oficial do AEK se chama Original 21 e tem mais de 5.000 membros. É declaradamente antirracista e antifascista, e conhecida por ter destroçado várias sedes do movimento Amanhecer Dourado, da extrema-direita grega.
Um dia, em 2013, um jogador desavisado, Giorgos Katidis, foi comemorar um gol do AEK e fez a saudação nazista para a torcida. O estádio se silenciou. Nas fotos, se nos atentarmos, podemos ver que até os companheiros do grego se assustaram. A torcida pressionou e a diretoria rapidamente decidiu que o jogador não atuaria mais pelo AEK. O cara ainda veio com a desculpinha de que só estava apontando para um amigo na arquibancada, mas não rolou. Foi também suspenso por toda a vida da Seleção da Grécia.